A biodiversidade das ilhas oceânicas de São Tomé e Príncipe é uma prioridade para a conservação a nível global, sobretudo pelo elevado número de endemismos encontrados nas suas florestas. A avifauna destas ilhas é particularmente rica em espécies endémicas e ameaçadas, e está relativamente bem estudada, pelo que tem sido usada como um símbolo da sua conservação.
Desde o início da colonização, aquando da descoberta pelos portugueses no final do séc. XV, que as florestas destas ilhas têm vindo a ser alteradas e em grande parte substituídas por ecossistemas antropogénicos. Perceber de que forma estas modificações afetaram a biodiversidade das ilhas é essencial para definir estratégias de conservação e assegurar a sua proteção a longo-prazo.
No entanto, estas estratégias só vão ser bem sucedidas se for implementadas a par com ações de sensibilização que alertem os habitantes das ilhas para o valor único da sua biodiversidade, e tendo em conta as necessidades sócio-económicas, para assegurar um modelo de desenvolvimento transversalmente sustentável.
Com exemplos concretos de apoio a atividades de conservação, Ricardo Faustino de Lima, Investigador Júnior da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, baseado no Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais (cE3c) e no Laboratório CHANGE – Instituto para as Alterações Globais e Sustentabilidade, irá falar-nos do trabalho que tem vindo a desenvolver em prol da conservação da biodiversidade terrestre de São Tomé e Príncipe.